AQVAE FLAVIAE

Foi um importante centro urbano da província romana da Galécia, centro administrativo de um vasto território que ia do Douro até às nascentes do Tâmega e dominava a exploração de importantes jazidas de ouro.

Apesar de haver vestígios arqueológicos que apontam para uma ocupação anterior, a cidade foi fundada no ano de 78 a. C., ao tempo de Vespasiano, sendo denominada  Aquae Flaviae .

O traçado ortogonal que ainda hoje caracteriza parte do centro histórico da cidade actual tem uma reminiscência romana.

O local de implantação da urbs estaria incluído no conventus
bracaraugustanus
, cuja capital, Bracara Augusta, fora fundada, nos inícios
do Império, por Octaviano César Augusto, no âmbito da reorganização política e
administrativa da Hispânia.

Mapa a partir de aqui

A abundância e qualidade das águas minerais desta região podem estar na origem do seu nome.


Aquae Flaviae encontra-se num ponto de ligação de várias vias e regiões, sendo ponto de escala na via entre Bracara Augusta (Braga) e Asturica (Astorga), o que lhe confere uma enorme importância no processo de ocupação e colonização romanas.


A Ponte de Aquae Flauiae, concluída no tempo do Imperador Trajano, entre o fim do século I e o princípio do século II d.C., é uma obra notável de engenharia, com cerca de 150 metros de comprimento. Os 12 arcos visíveis são de volta perfeita e formados por enormes e robustas aduelas de granito.

Umas termas medicinais de dimensões monumentais, que ruiram após um sismo registado nos finais do século IV, foi descoberto durante trabalhos para a construção de um parque de estacionamento.

Deste “complexo termo-medicinal de Aquae Flauiae são conhecidas três piscinas, duas das quais de grandes dimensões, três salas com pavimento em opus signinum, um tanque de depuração e distribuição das águas termais e um complexo sistema de abastecimento e escoamento das águas”.

Aqui

Ponte romana de Chaves fotografia de Raul Losada

A meio da ponte estão implantados dois documentos epigráficos de carácter honorífico em tributo das gentes flavienses e dos dez povos que ajudaram na sua construção.

Recolha: Filomena Barata